Introdução
A Lei 9.717/98 desempenha um papel fundamental na estruturação dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), assegurando que esses regimes sigam padrões nacionais de controle e sustentabilidade. Para os gestores de RPPS, o cumprimento dessas normas é crucial para garantir uma gestão eficiente e responsável dos recursos previdenciários. Esta legislação estabelece, entre outros aspectos, a necessidade de equilíbrio financeiro e atuarial, além de impor sanções em casos de descumprimento, como a suspensão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP).
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O que é a Lei 9.717/98?
A Lei 9.717/98 estabelece normas gerais para a organização e funcionamento dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) dos servidores públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, garantindo maior controle e responsabilidade na gestão dos recursos previdenciários.
Quem deve seguir a Lei 9.717/98?
Todos os entes federativos que possuem RPPS devem observar as normas da Lei 9.717/98 para assegurar que seus regimes estejam organizados e funcionem de acordo com as diretrizes nacionais estabelecidas.
Quais são as principais exigências da Lei 9.717/98 para os RPPS?
A lei exige que os RPPS sejam organizados com base em regras de equilíbrio financeiro e atuarial, proibindo a concessão de benefícios diferentes dos previstos no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e estabelecendo a responsabilidade dos gestores pela boa administração dos recursos.
Como a Lei 9.717/98 afeta a gestão dos recursos previdenciários?
A lei impõe que a gestão dos recursos dos RPPS seja realizada com transparência e responsabilidade, prevendo a utilização de instrumentos como auditorias, controle de investimentos e cumprimento de metas atuariais, para garantir a sustentabilidade do sistema.
Quais são as sanções para o descumprimento da Lei 9.717/98?
O descumprimento das normas pode levar à suspensão da emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP), o que impede o ente federativo de receber transferências voluntárias e contratar operações de crédito.
O que é o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP)?
O CRP é um documento emitido pelo Ministério da Previdência Social que comprova que o ente federativo está cumprindo todas as exigências legais referentes ao seu RPPS. Sem o CRP, o ente fica impedido de realizar diversas operações financeiras.
Quais benefícios são permitidos nos RPPS segundo a Lei 9.717/98?
A lei permite que os RPPS concedam apenas os benefícios de aposentadoria e pensão, com a utlização dos recursos advindos das contribuições do servidor e da correspoondente contribuição patronal. Qualquer outro benefício, como licença maternidade, auxílio-doença ou salário-família, deve ser custeado pelo ente federativo diretaemnte com os recursos do tesouro.
Como os RPPS devem garantir o equilíbrio financeiro e atuarial?
Os RPPS devem realizar avaliações atuariais periódicas e manter reservas financeiras suficientes para cobrir as obrigações com os beneficiários, garantindo a sustentabilidade a longo prazo. Para isso, pode ser ncessário que o ente federativo realize contribuições suplementares e aportes de recursos financeiros.
A Lei 9.717/98 permite a utilização de recursos do RPPS para outras finalidades?
Não. A lei proíbe a utilização dos recursos do RPPS para qualquer fim que não esteja diretamente relacionado ao pagamento de benefícios previdenciários.
Como os gestores de RPPS podem garantir a conformidade com a Lei 9.717/98?
Os gestores devem adotar boas práticas de governança, realizar auditorias regulares, seguir as orientações dos órgãos de controle, manter uma gestão transparente e estar atentos às regras de aplicação de recursos e aos critérios de sustentabilidade atuarial.
A conformidade com a Lei 9.717/98 é indispensável para a boa gestão dos RPPS, uma vez que garante a sustentabilidade do regime e a transparência na administração dos recursos. Gestores devem adotar práticas de governança que incluam auditorias regulares, avaliações atuariais e o cumprimento rigoroso das normas financeiras. O respeito à legislação não só evita sanções, mas também fortalece a confiança dos servidores no sistema previdenciário. Em resumo, a responsabilidade na gestão dos recursos é a chave para a longevidade e eficácia dos RPPS.